Melhores setores para investir em 2022

Já passamos pela metade do primeiro mês de 2022 e há coisas que são importantes a serem discutidas. Afinal, para onde devemos direcionar nossas atenções ao investir? Por isso, vamos falar sobre os melhores setores para investir em 2022!

Esse ano terá alguns momentos importantes para nos mantermos no radar. O mais comentado, e que impacta diretamente o cenário brasileiro, são as eleições, em especial a presidencial. Essa incerteza no mercado acaba trazendo volatilidade, mas pode não ser, necessariamente, um cenário negativo. 

Há dados que mostram que não há uma tendência clara em anos eleitorais. Em alguns, o ano finalizou positivo, em outros, negativo e uns “andaram” de lado. Não é devido à incerteza que será um ano ruim para a bolsa, especialmente quando há empresas bem descontadas. 

Além disso, também é importante ficarmos atentos a dois aumentos de juros, os brasileiros e os americanos!

A taxa básica de juros brasileira vem a alguns meses sendo aumentada pelo COPOM, com o objetivo de conter a inflação, mas mesmo assim não surtiu o efeito esperado. Por este motivo, se espera ainda mais elevações para conter o aumento de preço em 2022 e manter a inflação dentro da meta. 

A mesma ideia se aplica à economia norte-americana. Eles não viam uma inflação tão alta desde 1982, que em 2021 fechou em 7%. Por um tempo o FED (equivalente ao nosso Banco Central) estava dizendo que a inflação seria transitória, agora já aceitaram que ela não vai passar tão fácil. Por esse motivo há expectativas de três a quatro altas na taxa de juros americana, para segurar a inflação. Isso traz impactos diretos à economia mundial, tendo em vista que os EUA é uma das maiores potências e essa taxa ficou em patamares reduzidos por tanto tempo. 

Tendo esses pontos acima, há três setores que merecem atenção redobrada na hora de investir em 2022. 

Setor de Elétricas

O setor de energia elétrica é um que normalmente se apresenta estável, especialmente devido ao que comercializa: energia. Costuma apresentar pequenas variações e, justamente por este motivo, em um ano de incertezas é bom estar atento às empresas de energia elétrica. Elas têm pelo menos um mínimo de receita esperada, o que costuma ser um fator de estabilidade. 

Além disso, o Marco Legal do Câmbio, que foi instaurado recentemente, visa melhorias às empresas brasileiras em quesito de negociação com o mercado global. A empresa vai possuir maior flexibilidade com sua receita em dólar, além de mais possibilidade de mecanismos para fortalecer o negócio no exterior.

E para o setor, essa nova lei traz expectativas de serem fechados contratos de compra e venda de energia em moedas estrangeiras, como dólar e euro. Isso é um fator atrativo, tendo em vista que o dólar é uma moeda forte. Mesmo com algumas expectativas frente a alta de juros pelo FED, o cenário doméstico está instável, o que pode impactar o desempenho do real.

Setor Financeiro

Não é uma informação nova que os bancos ganham dinheiro principalmente com os juros que cobram em um empréstimo. Além disso, os bancos também são um setor importante e o aumento da taxa de juros os beneficia. 

Com a inflação bem acima dos patamares desejados, fechando 2021 em 10,06%, o COPOM terá que agir com mais força para conter o aumento de preços em 2022. Devido a essa leitura de mercado, a expectativa da curva de juros já voltou a aumentar.  O relatório Focus do dia 17/01/2022 está prevendo a taxa selic em 11,75%, ainda há especialistas com expectativas superiores a essa mencionada.. 

Tendo isso em vista, os bancos se beneficiam, tornando-se um setor atrativo para o ano. 

Setor de Exportação

Por último, mas não menos importante, é o setor de exportação e, claro, isso inclui as commodities. O Brasil é forte no agronegócio, isso é inegável. É um setor que ajuda em boa parte o PIB do país. Só por esse motivo é importante acompanhar o que acontece com o cenário de exportação das commodities.

Porém, falando em exportação em geral, também estamos pensando em empresas que possuem a sua receita em dólar. Isso quer dizer que a demanda independe do que ocorre no Brasil. 

Quando pensamos na moeda americana temos dois fatores para discutir:

• nacional 
• internacional.

O fator nacional é mais simples, pois é mais comentado. Com as incertezas do cenário econômico brasileiro, há expectativas de que o real perca força perante o dólar,  beneficiando empresas exportadoras. 

Já em relação ao fator internacional, considera-se o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos, fazendo investimentos mais seguros ficarem atrativos, além de estarem investindo com base na economia de uma forte potência mundial. Isso poderia ser algo que limitaria o dólar, mas, com a alta da taxa Selic, também é interesse dos investidores internacionais virem para o Brasil.

Bônus

Mesmo com interesse na renda variável, é importante se atentar à diversificação do seu patrimônio. É um ano que pode trazer volatilidade e, em períodos assim, é bom evitar grandes movimentações na carteira como um todo. Investir em ativos de renda fixa e com exposição no exterior pode ajudar sua carteira, especialmente esse ano.

Se quiser saber mais sobre essa diversificação, tem um texto recente sobre carteira blindada, só clicar aqui para ler. 

Se precisar de mim, sabe como me encontrar! 

Até o próximo post!

Débora Costacurta