Os estudos mostram que a nova variante Delta é muito mais transmissível em comparação às outras mutações. Mesmo sendo menos letal, o medo e a incerteza de uma nova onda de Covid-19 preocupa as economias globais.

Alguns especialistas afirmam que mesmo com a aceleração da vacinação a imunização de rebanho é inatingível devido aos altos índices de contaminação da doença. Assim, um cenário provável é que tenhamos que conviver com a Covid-19 como já convivemos com a gripe comum.

As bolsas asiáticas já demonstraram fortes oscilações devido à desaceleração da economia no terceiro semestre de 2021 causada pelo surgimento da variante Delta. Países como: Vietnã, Coreia do Sul, Índia, Indonésia e Austrália adotaram algumas medidas de lockdown para tentar frear o avanço da doença. A China por sua vez também restringiu algumas atividades após surtos da nova mutação.

No Brasil, a variante Delta possui quase 5 mil casos confirmados e começam a preocupar os governos locais, que não descartam a possibilidade de retomar algumas restrições.

Em contrapartida, não é esperada nenhuma repetição dos eventos ocorridos no início de 2020. A variante apresenta um risco principal na confiança dos produtores e consumidores que em um primeiro momento podem deixar de investir e consumir pelo temor de novas restrições, afetando a oferta e a demanda internacional.

É necessário ficar atento para rebalancear sua carteira conforme seu perfil investidor e sua tolerância ao risco.  Provavelmente teremos volatilidades presentes em nosso mercado nacional.

Por fim, é preciso saber aproveitar as oportunidades descontadas nos momentos de incerteza, como diz o velho ditado “Compre ao som dos canhões, venda ao som dos violinos”. Crises são inevitáveis e fazem parte dos ciclos econômicos, então precisamos aprender a conviver com elas!

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Bruno Destri Coelho